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Pentatlo apresenta inovações em Londres 2012

30/07/2012 10h09
CBPM


Disputas da modalidade terão evento combinado de tiro e corrida e arma a laser estreando em uma Olimpíada nas provas que vão acontecer nos dias 11 e 12 de agosto

Cem anos se passaram desde a entrada do Pentatlo Moderno no programa olímpico em Estocolmo 1912. A modalidade chega à Londres 2012 para celebrar seu centenário e como comemoração terá duas inovações do esporte estreando nos Jogos. Na competição da terra da rainha será a primeira vez que o evento combinado de tiro e corrida e a arma a laser estarão nas disputas dos pentatletas em uma Olimpíada.

Das duas novidades, o combinado veio primeiro. Aprovado no congresso anual da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM) logo após os Jogos de Pequim (2008), a mudança começou a valer no dia 1º de janeiro de 2009. A partir daí, o tiro, que iniciava as disputas até então, passou a encerrar os eventos da modalidade juntamente com a corrida, que antes, separadamente, era a última prova nas competições.

Da largada do evento, o pentatleta passou a ter que acertar cinco disparos e depois percorrer mil metros. A sequência é repetida mais duas vezes, totalizando três séries de tiro, com 15 acertos, e três mil metros de corrida.

A ordem entre as demais provas não foi alterada. No entanto, a esgrima passou a iniciar as disputas (era a segunda), seguida da natação (terceira) e do hipismo (quarta).

“A nova regra passou a valorizar ainda mais o pentatleta, considerado o atleta mais completo das Olimpíadas. Imagina combinar duas provas completamente diferentes, com a corrida colocando a freqüência cardíaca do competidor lá em cima e o tiro conhecido por sua concentração e, por conseqüência, deixando a freqüência cardíaca do competidor baixa?”, observa Fábio Corrêa, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) no Rio de Janeiro.

Para o esportista, que trabalha com a revelação de novos nomes da modalidade na capital fluminense, a inovação trouxe um desafio a mais aos pentatletas, já acostumados a superar diversos obstáculos.

“Ter que realizar cinco acertos precisos num menor tempo possível e isso com as pernas tremendo, suor escorrendo, vendo seus adversários às vezes sendo mais eficientes do que você e tendo que se concentrar para atirar rápido e voltar a correr não é mole!”, completa Fábio.

Yane Marques, única pentatleta brasileira nos Jogos de Londres, conta que se adaptou bem à mudança. A pernambucana encarou sua primeira competição com o evento combinado na primeira etapa da Copa do Mundo de 2009, no México, quando completou a prova em 14min03s18.

Três anos depois, ela atingiu sua melhor marca, quando completou as três séries de cinco acertos intercaladas com os três mil metros de corrida em 11mi52s90. O feito aconteceu em ‘casa’, na segunda etapa da Copa do Mundo deste ano, em março passado, no Rio de Janeiro.

“O combinado aumenta as possibilidades de mudanças de resultado e, assim, acabei tendo desempenhos melhores do que no formato antigo”, analisa a pentatleta, que vai encarar sua disputa nos Jogos de Londres no último dia do torneio, 12 de agosto.

Laser no lugar do chumbinho

Um ano depois da estreia do evento combinado de tiro e corrida, a União Internacional apresentou uma outra novidade para as disputas da modalidade: a pistola a laser para ser empregada na prova de tiro. A nova tecnologia substituiu o antigo armamento de ar comprimido que tinha o chumbinho como munição.

Agora, a luminosidade de acerto ou erro no alvo iria ser acionada pela emissão de um feixe de luz. Sua adesão não foi apenas por questões de segurança, mas também para eliminar o impacto ambiental causado pelos projéteis de chumbo empregados nas armas convencionais.

“Mais uma vez a UIPM se mostrou à frente das mudanças necessárias para tornar a modalidade mais dinâmica. A arma a laser colocou as disputas em um patamar tecnológico que hoje é necessário para atrair cada vez mais adeptos para o esporte”, visualiza Fábio Corrêa.

A tecnologia foi usada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Juventude, em agosto de 2010, em Cingapura. A estreia no circuito internacional sênior aconteceu na primeira etapa da Copa do Mundo de 2011, nos Estados Unidos. Desde então, se tornou o aparato oficial.

O armamento é mais barato e idêntico ao original em termos de peso e empunhadura. Uma das diferenças entre eles é o calibre. A arma convencional dispara projéteis de 4,5 mm, ao passo que o raio laser padrão tem calibre de 5 mm.

“Agora, a quantidade de tiros é ilimitada, uma vez que com o ar comprimido era preciso recarregar a pistola constantemente, além de não dependermos mais do chumbo que, quando acabava, encerrava qualquer treinamento”, compara Fábio.

A pentatleta Yane Marques também vê com bons olhos a nova tecnologia, mas aproveita para fazer uma ressalva. Para ela, a maior dificuldade é em relação à manutenção do aparelho, típica de uma tecnologia que, em sua fase de introdução, terá poucos fornecedores.

“Por vezes, ficamos dependendo de mão-de-obra técnica para ajustes nas armas, que são escassas”, ressalta Yane.

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