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Momento de renovação no Pentatlo Moderno

18/04/2011 07h48
CBPM

Número de inscritos em seleções de novos atletas realizadas em todo o país vem aumentando a cada nova edição

Lutar com uma espada, nadar, saltar obstáculos em cima de um cavalo, correr e atirar. Muitos atletas dedicam uma vida inteira em treinos para evoluir e aperfeiçoar suas marcas em uma dessas modalidades. Se isso já soa como algo que vai demandar muita energia, imagine alguém que pratica todas elas ao mesmo tempo. Essa é a rotina que tem que manter uma boa média de resultados na esgrima, na natação, no hipismo, no tiro esportivo e na corrida para competir no Pentatlo Moderno.

À primeira vista, ser um pentatleta pode assustar, mas tem muita gente que está em busca mesmo é de um esporte de esforços físico e emocional intensos. Não é à toa que nas últimas competições de seleção de novos atletas que a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) tem feito, o número de inscritos tem batido recorde. Os que querem entrar para o esporte precisam passar por uma prova de Biatlo Moderno (natação e corrida), considerada a categoria de base da modalidade.

“O biatlo é a porta de entrada do pentatlo. É onde conseguimos identificar quais atletas têm melhor aptidão para o esporte. Alguns vêm somente da natação e outros mais experientes saem do tiatlo, que ainda tem, além da prova na psicina e da corrida, o tiro esportivo”, explica Celso Sasaqui, vice-presidente da CBPM.

Mais do que ter um número maior de aspirantes ao Pentatlo Moderno, as seleções feitas pelo país têm demonstrado também que o nível técnico dos jovens atletas vem aumentando. No último sábado, 16, essa particularidade foi vista na competição de Biatlo e Triatlo Moderno que a CBPM realizou no seu centro de treinamento no Rio de Janeiro, localizado no Círculo Militar da Vila Militar (CMVM), em Deodoro, Zona Oeste da cidade.

Os mais de 100 presentes, dentre crianças e adolescentes, suaram a camisa por uma vaga na delegação carioca do Pentatlo Moderno. Aqueles que forem selecionados vão fazer parte do PentaJovem, projeto que a Confederação mantém há pouco mais de dois anos em Recife (PE) e na capital fluminense para descoberta e formação de novos atletas.

“Esse é é um trabalho difícil, pois o pentatlo é muito desconhecido do público e um esporte caro, carecendo muito de apoio no país. Este biatlo foi o maior que já fizemos com jovens no Rio. Tivemos um número recorde de inscritos nas categorias de base e detectamos vários atletas com aptidões para a natação e a corrida acima da média para suas idades”, comemora Fábio Corrêa, treinador da delegação carioca do Pentalto Moderno.

Referência continental

Aptidões essas que foram vistas nas irmãs Maria Ieda e Maria Karolina Guimarães. As gêmeas de apenas 10 anos de idade estão há um ano no PentaJovem e têm se destacado a cada nova competição. As moradoras de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, alcançaram a melhor pontuação na categoria que competem, Jovem D.

“Antes de entrar para o Pentatlo, a gente não fazia ideia de como era o esporte. Nosso pai nos levou para conhecer e nunca mais paramos com os treinamentos”, conta Maria Ieda, que ficou 80 pontos à frente de sua irmã no Biatlo de Deodoro.

Perguntadas sobre quem admiram no esporte, Maria Karolina não pensou muito para dizer o nome de Yane Marques, principal pentatleta brasileira e a quinta melhor do mundo atualmente. A pernambucana faz parte do centro de treinamento da CBPM em Recife, o Salesiano/Powerade, e integra a Comissão de Desportos do Exército no Rio de Janeiro (CDE-RJ) como Terceiro Sargento.

“Falam até que a gente se parece fisicamente com ela. Ela é muito dedicada e é minha inspiração para que um dia eu consiga participar de competições em todo o mundo”, revela Maria Karolina.

Enquanto alguns que chegam sonham em poder competir pelo mundo, outros também jovens já demonstram experiência para tentar uma vaga em um torneio internacional. É o caso de Amanda Turute, 17 anos, que carimbou seu passaporte para o Campeonato Mundial Jovem A, em agosto na Turquia.

“Essa competição veio comprovar que o nível dos pentatletas no Brasil melhorou muito. Isso se deve principalmente pelos índices de participação em competições nacionais e internacionais que adotamos e o constante trabalho de renovação que temos feito. Por isso mesmo mantemos a hegemonia no esporte na América do Sul e já somos referência no continente por conta dessas ações”, finaliza o técnico Fábio.


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