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Mexicano conquista medalha inédita em Rio 2016

20/08/2016 17h05
CBPM


Cruzando a linha de chegada um segundo a frente de dois adversários, Ismael Uscanga se torna dono da primeira medalha latino-americana masculina da modalidade nas Olimpíadas; brasileiro Felipe Nascimento ficou em 31º

A formação do pódio masculino do Pentatlo Moderno nos Jogos Olímpicos Rio 2016 teve dois lados. De um, estava o russo Aleksander Lesun, 28, que garantiu o ouro com folga, já que vinha liderando a disputa desde a esgrima tradicional na quinta, 18, e cruzou a linha de chegada da última prova sete segundos a frente do medalhista de prata, o ucraniano Pavlo Tymoschenko, 29; do outro, estavam três atletas brigando até o último momento pela medalha de bronze: o mexicano Ismael Uscanga, 26, o francês Valentin Prades, 23, e o italiano Riccardo De Luca, 32.

Em uma chegada emocionante, o mexicano medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto levou a melhor e conquistou o bronze cruzando a linha de chegada há apenas um segundo a frente do francês e do italiano. O medalhista de ouro conquistou o primeiro lugar do pódio somando 1.479 pontos, o ucraniano o segundo com 1.472, e o mexicano o terceiro com 1.468.

"Toda a minha vida passou diante dos meus olhos", disse Uscanga, após o bronze. "Eu tinha duas coisas em mente: a primeira era de que seria a competição da minha vida e a segunda que eu poderia obter um resultado único para o México. Eu sabia que não tinha nada a perder e muito a ganhar”, ele completou.

O bronze de Ismael foi histórico para o México. É a primeira vez que um país latino-americano conquista uma medalha masculina no Pentatlo Moderno. E em Rio 2016, o feito do mexicano representou a quinta medalha para o seu país nos Jogos, que ficou em 61º no quadro geral de medalhas.

Brasil de volta após 12 anos

A disputa masculina de sábado, 20, ainda contou com Felipe Nascimento, 23, que ficou em 31º com 1.295 pontos dentre os 36 competidores presentes. A participação do pernambucano representou o retorno do Pentatlo Moderno brasileiro em uma disputa olímpica após 12 anos. O Brasil não estava no evento desde Atenas 2004, quando foi representado por Daniel Santos, então com 25 anos.

Na ocasião, o gaúcho que hoje tem 37 anos ficou em 29º numa disputa que envolveu 32 pentatletas. Daniel somou 4.732 pontos, 1.183 na tabela atual do Pentatlo Moderno.

Já em Rio 2016, Felipe, que foi revelado no PentaJovem, projeto que a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) mantém no Rio de Janeiro, em Pernambuco e São Paulo para a descoberta e formação de novos talentos na modalidade, começou a disputa em 34º na esgrima tradicional na quinta. Após vencer nove duelos com a espada, e conquistado 154 pontos, ele ficou empatado na classificação com o cubano Jose Ricardo Figueroa, 25, e o japonês Shorei Iwamoto, 26.

Na natação, Felipe fez a melhor marca de sua vida, nadando os 200 metros estilo livre em 2min05s39. Foi o 20º tempo geral na piscina, que lhe deu 324 pontos e o manteve na mesma colocação geral após as duas primeiras provas.

Na esgrima bônus, ele conquistou uma vitória em cima do japonês Shorei Iwamoto e perdeu no combate seguinte contra o cubano Jose Figueroa.

No hipismo, debaixo da chuva que caía no Estádio de Deodoro, que sediou todas as provas do dia, Felipe derrubou sete obstáculos montando o cavalo Up Class Girl. Ele fez a 31ª melhor apresentação na equitação, somando 251 pontos. O mesmo animal foi montado pelo búlgaro Dimitar Krastanov, 22, que não conseguiu manter o controle nas rédeas e acabou sendo desclassificado da prova, não chegando a pontuar nela.

No combinado de tiro a laser e corrida, Felipe travou uma disputa no final com o tcheco Jan Kuf, 25, e levou a melhor nos últimos metros da prova. Ele terminou as quatro séries de acertos no alvo intercaladas com os 800 metros de percurso em 12min15s62.

“Estou super feliz em poder participar da Olimpíada no Brasil e contar com a torcida. Foi super importante e motivante ver todo mundo torcendo e todo o estádio gritando meu nome”, Felipe contou, logo após a disputa. “Saio satisfeito sabendo que dei o meu máximo nas provas, fazendo um excelente tempo na natação. Só tenho a agradecer a todo mundo e a Confederação por ter me apoiado durante todos esses anos”, completou o pernambucano.

Recordes quebrados

Assim como na disputa feminina, os homens do Pentatlo Moderno em Rio 2016 também quebraram alguns recordes olímpicos. Da mesma forma que elas, eles estabeleceram três novas marcas. Uma delas conquistada pelo campeão olímpico, o russo Aleksander Lesun.

No primeiro dia de disputas, na quinta, com a esgrima tradicional, com 28 vitórias e apenas 7 derrotas, o medalhista de ouro ccravou um novo recorde nos Jogos. Ele já é dono do recorde mundial da prova, com 31 vitórias e só 4 derrotas, conquistadas no Campeonato Europeu de 2014.

Na primeira prova do sábado, a natação, foi a vez do inglês James Cooke, 25, estabelecer novo recorde olímpico para os 200 metros livre do Pentatlo Moderno. O 14º colocado geral nadou em 1min55s60. O britânico já é dono do recorde mundial da natação de piscina curta (25m), com 1min49s59, conquistado no Europeu de 2011.

O terceiro recorde olímpico quebrado foi no combinado. O sul-coreano Jun Woongtae, 21, estabeleceu nova marca ao completar a prova em 11min02s50. O recorde mundial é do italiano Nicola Benedetti, 30, que mantém os 9min41s desde a etapa brasileira da Copa do Mundo em 2012.

 


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