CBPM prepara homenagem para Samantha Harvey

Pentatleta conquistou a primeira medalha brasileira feminina da modalidade em um Pan-Americano na edição de 2003 dos Jogos, na República Dominicana

Há 10 anos ela subia no pódio dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo para fazer história. Era 11 de agosto de 2003, quando Samantha Harvey ganhava a medalha de prata na competição, na República Dominicana, se tornava a vice-campeã do Pentatlo Moderno na competição e garantia uma das 32 vagas da modalidade nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia, um ano depois.

Hoje, prestes de o feito completar exatamente 10 anos, a conquista da norte-americana naturalizada brasileira ainda reflete positivamente no esporte nacional. Por causa do feito histórico que completa uma década, a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) prepara uma homenagem para lembrar o fato. O pioneirismo de Samantha deu ao país a primeira medalha feminina da modalidade nos Jogos e ajudou a quebrar um jejum de 40 anos de presença do Brasil no Pentatlo Moderno nas Olimpíadas.

“A conquista da Samantha representou um grande incentivo para todos que colaboravam no Pentatlo Moderno naqueles primeiros anos de existência da Confederação, fundada no final de 2001. Enxergamos que com trabalho e dedicação poderíamos alcançar mais resultados expressivos no futuro”, destaca Helio Meirelles, presidente da CBPM.

Afastada das arenas do Pentatlo Moderno desde 2006, hoje Samantha Harvey mora com o marido, o paraibano Silvino Lyra, técnico de tiro esportivo, e os dois filhos, Delphi, de 7 anos de idade, e Leopoldo, 5, nos Estados Unidos. Formada em Literatura e Religião pela Universidade de Harvard e com dourado e PHD realizados na Inglaterra, leciona Literatura Inglesa do Século XIX na Boise State University, no estado de Idaho.

Sem ter vindo ao Brasil recentemente, Samantha recebeu com alegria, no país da América do Norte, a notícia do desejo da CBPM em homenageá-la. “Estou profundamente honrada. É impressionante o que a Confederação realizou durante estes 10 anos, não só com o sucesso da Yane (Marques), mas também ao aumentar o número de brasileiros na modalidade e solidificar sua posição na arena internacional com a realização de copas do Mundo, Jogos Pan-Americanos e agora dos Jogos Olímpicos de 2016. Se eu fui uma simples pequena parte desta bonita história de nascimento e desenvolvimento, para mim é uma grande honra”, avalia.

O amor ao Pentatlo Moderno, mesmo depois de mais de cinco anos sem praticá-lo, ainda é enorme; tanto que Samantha fez questão de ver de perto a conquista do bronze de Yane Marques nas Olimpíadas de Londres. Ela foi um dos 23 mil espectadores que estiveram no Greenwich Park para acompanhar as disputas finais da modalidade nos Jogos.

“Foi simplesmente impressionante ver o nome da Yane e a bandeira brasileira durante todo o dia. Foi muito emocionante vê-la no pódio e dando entrevistas logo depois. Meu momento particular foi quando eu gritei o seu nome e ela com todo carinho me mostrou a medalha. Realmente foi a coroação de muitos anos de dedicação e trabalho duro. Ela mereceu aquela medalha 100%”, diz Samantha, que se prepara para vir ao Brasil receber a homenagem da CBPM pessoalmente.

Nos próximos dias, a Confederação pretende divulgar a logomarca comemorativa dos 10 anos da conquista de Samantha no Pan de Santo Domingo.

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