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Após bronze em Londres 2012, Yane mira Rio 2016

13/08/2013 12h49
CBPM


Em entrevista, pernambucana relembra momentos após a conquista que fez dela a primeira pentatleta latino-americana medalhista olímpica e fala dos apoios que recebe atualmente

Ela já está na história do esporte mundial como a primeira pentatleta latino-americana medalhista olímpica. O feito conquistado nos Jogos Olímpicos de Londres completou exatamente um ano nesta segunda-feira, 12, e já é visto por Yane Marques como algo mais do que a medalha de bronze na disputa feminina do Pentatlo Moderno na Inglaterra. Assim que voltou ao Brasil após os Jogos, por exemplo, a pernambucana teve uma calorosa recepção e hoje é facilmente reconhecida nas ruas recebendo até pedidos de fotos e autógrafos.

O patrocínio privado ainda não apareceu, mas a atual número 5 do mundo, segundo ranking da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM), conta com apoio do Ministério do Esporte, recebendo o Bolsa-Atleta, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), como integrante do Time Brasil, e do Exército Brasileiro, como Terceiro Sargento pela Comissão de Desportos do Exército no Rio de Janeiro (CDE-RJ). Com os investimentos públicos que tem à disposição, a pentatleta formada no centro de treinamento da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) em Recife já mira os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Na capital fluminense desde a última semana para a fase final de treinos para o Mundial Sênior, de 21 a 27 de agosto, em Taiwan, Yane concedeu entrevista para falar do aniversário de um ano do bronze conquistado em Londres. Ela relembra a volta à sua cidade natal, Afogados da Ingazeira, após a medalha, conta o que mudou em sua vida de pentatleta e diz como está a preparação para Rio 2016.

Quando você voltou ao Brasil após a conquista em Londres foi recebida com bastante alvoroço em Recife e chegou a desfilar em carro aberto pelas ruas da cidade. O que achou dessa receptividade?
Fui muito bem recebida por todos no Brasil. Antes, as pessoas que me reconheciam ficavam sempre na dúvida sobre o meu esporte. Hoje, quando abordada nas ruas, as pessoas falam que sou Yane Marques ‘que faz aquele esporte bem difícil, o Pentatlo Moderno’. Isso é muito bom! Saber que você deu o seu melhor, voltou com uma medalha no peito e se tornou uma atleta conhecida por todo o Brasil. Nem que seja para pedidos de fotos ou autógrafos, é um sinal de muito trabalho e que valeu à pena todo meu esforço e dedicação.

Quando tempo levou para ir até a sua cidade natal, Afogados da Ingazeira?
Demorei quase um mês. Primeiro porque ficou muito corrido nos dias pós-medalha em Recife e depois porque teve um acidente onde uma amiga morreu por lá e a cidade ficou muito triste. Então, esperei passar um pouco. E mesmo demorando a ir até Afogados, todos me receberam da melhor maneira possível, como um orgulho para a cidade. Fiquei muito feliz!

O bronze modificou de alguma forma sua vida de pentatleta?
Mudou no sentido de reconhecimento e de querer me preparar mais ainda. O fato de voltar com uma medalha para o Brasil em si já modifica a vida do atleta. A medalha mostrou que eu tinha um objetivo e ele foi atingido, me dando mais força ainda para lutar e batalhar nas competições que estão por vir.

Você acha que sua medalha deu maior visibilidade ao Pentatlo Moderno no Brasil?
O Pentatlo Moderno era conhecido como um esporte difícil e não muito praticado, mas acredito que hoje a modalidade que reúne cinco esportes disputados pelo mesmo atleta passou a ter um pouco mais de popularidade. Fui a única pentatleta brasileira a competir em Londres e com isso me tornei a primeira medalhista da modalidade na América Latina. Isso gerou visibilidade.

O que acha da possibilidade de receber o Bolsa-Atleta Pódio do Ministério do Esporte?
Será um recurso muito bem vindo. Torço muito para ser contemplada e assim poder usufruir do merecido suporte.

Como você avalia o apoio que recebe do COB hoje?
Sou atleta integrante do Time Brasil e tenho dentro desse projeto, além de outros benefícios, todo o custeio de viagens, hospedagens e despesas internacionais.

E o apoio do Exército Brasileiro?
Quanto à estrutura e condições de treinamento, estamos muito bem servidos.

Fora os investimentos do Ministério do Esporte, do COB e do Exército, você tem algum outro tipo de incentivo?
Ainda não. Mas estou com a GSN que está à frente da minha gestão de carreira. Talvez, com os trabalhos desenvolvidos eu consiga novos incentivos. Isso me deixa mais tranquila e concentrada no treinamento e nas competições.

Após a medalha, recebeu proposta de alguma empresa para apoio?
Não. Ainda estou buscando patrocínio de empresas privadas.

O bronze em Londres te impulsiona de alguma forma para os Jogos Olímpicos do Rio?
Muito. Pretendo chegar em 2016 na melhor condição física possível. Acredito sim que posso estar em condições de brigar por medalha, como estive em Londres. Por isso, sigo me dedicando ao Pentatlo e tenho isso como prioridade para a minha vida.

Quer deixar alguma mensagem para quem acompanha o seu trabalho no Pentatlo Moderno?
Agradeço pelo reconhecimento sempre daqueles que torceram e que torcem por mim. Isso me dá mais força ainda para continuar batalhando. Peço a todos que continuem me acompanhando e saibam um pouco mais sobre o Pentatlo Moderno também através da minha Fanpage (facebook.com/pentayane).

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