Brasil vai sediar a final da Copa do Mundo
Competição, inédita no país, acontecerá em Deodoro, em setembro, e terá quatro brasileiros
Sanny Bertoldo
O Rio vai sediar, pela primeira vez na história, uma final da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno. A competição, que será de 11 a 13 de setembro no Complexo de Deodoro, reunirá os 36 melhores homens e mulheres do ranking da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM). Como sede, o Brasil tem direito a duas vagas no feminino e no masculino, que serão definidas até primeiro de julho, de acordo com o ranking nacional.
Presidente da UIPM, o alemão Klaus Schormann chegou à cidade na segunda-feira para uma série de reuniões com o presidente da Confederação Brasileira da modalidade, Hélio Meirelles. No fim, ficou satisfeito com o resultado:
— Acertamos os detalhes que faltavam. Fiquei muito tranqüilo com o que ouvi aqui. Inicialmente, eu iria visitar Deodoro, mas o complexo está em obra, e não há novidade em relação ao ano passado. Mas estamos a sete meses do evento, isso não é problema.
Mudanças para tornar o esporte mais dinâmico
Ontem, Schormann partiu para Buenos Aires, onde se reúne com os representantes das confederações dos demais países sul-americanos. Em uma “verdadeira missão” pelo continente, ele acredita que chegou o momento de alavancar a prática do esporte.
— O pentatlo não é um esporte muito praticado na América do Sul. Por isso, estamos empenhados em torná-lo mais acessível. Tanto que, agora, tentamos ter o maior número possível de atletas de países diferentes nos eventos internacionais — afirmou o dirigente. — Trazer a final da Copa do Mundo para o Brasil vai ajudar a desenvolver o esporte no continente.
Hélio Meirelles concorda. Em 2004, o Rio sediou uma etapa da Copa do Mundo. Cinco anos depois, a final vai mexer com os países vizinhos:
— A etapa que fizemos foi considerada um sucesso. É fundamental que tenha competições internacionais na América do Sul, pois esse movimento chama a atenção dos outros países. O Brasil lidera o pentatlo no continente, mas a expectativa é de que outros países cresçam também.
Esta final será a primeira após as mudanças promovidas pela UIPM. Agora, a esgrima abre a competição, passando para a natação, seguida do hipismo. Já a corrida será intercalada com o tiro. As três últimas modalidades serão disputadas no mesmo local. O objetivo, diz Schormann, é tornar o esporte mais atrativo:
— Já implementamos as novidades na primeira etapa da Copa, em janeiro. No começo, alguns atletas não gostaram, mas, agora, já se adaptaram. Com isso, vamos reduzir o tempo da prova, tornando-a mais disputada e dinâmica. Todo mundo sai ganhando.